segunda-feira, 31 de outubro de 2011

a.m.o.r

Tudo corria leve e morno como habitual.
As admoestações costumeiras, uma pulguinha atrás da orelha.
Estava se acostumando com a situação. A cada minuto reavaliava se poderia continuar se entregando, sem receber em troca nenhum sinal de reciprocidade.
Nem sempre isso é possível e por vezes chega a ser insalubre.
Então alguma coisa começou a mudar.
O olhar, o toque, o cheiro. Tudo se intensificou repentinamente.
Não sabia explicar o que era nem porque a mudança acontecera...

Foi então que, numa festa, algo se iluminou.
Olhar no fundo dos olhos, um do outro, ambos corações batendo como se fossem escapar dançando pelo salão. Um sorriso, um sinal.

Eu...
amo você.

e o silêncio bastou