O sorriso.
O que mais definia o garoto era a sua inabilidade de parar de sorrir.
Aquele sorriso largo, bonito, leve, cheio de amor e carinho é o que mais me lembro do tempo em que estivemos juntos.
Tivemos um amor adolescente, do mais típico possível. Muito bom. Sem grandes mágoas e ressentimentos. Sem conseqüências graves. Tudo muito simples e bonito. Como um verão.
Acho que eu nunca vou deixar de gostar daquele garoto, por mais que passem décadas e envelheçamos. Claro, que é um gostar totalmente diferente. Uma coisa que só se adquire com um relacionamento como esse. Como se tivéssemos deixado uma marquinha um no outro e agora, sempre que nos encontramos reativamos ela. No bom sentido, sem sofreguidão ou espera... Sem malícia...
Lembro-me da energia, da admiração (que era mútua e ainda é).
Lembro-me da alegria de estarmos juntos. De uma forma leve e despreocupada. E bonita.
Lembro-me do rock’n’roll...
Lembro-me da praia...
Dos “amassos” escondidos na cozinha, no sótão, ao lado da bateria...
E do sorriso, que não deixou seu rosto, nem no dia em que conversamos para terminar o namoro.
O sorriso...