quarta-feira, 15 de julho de 2009
A Menina de Polainas Vermelhas
Na noite, apressada, caminha.
Um borrão vermelho marca seus passos, medrosos e ansiosos.
Enervados e sofridos.
Cansados.
Um amor desponta. Uma vida nova, lampejo de esperança de felicidade plena.
A pressão de ser, pulsa a cada respiração.
A menina, com suas polainas vermelhas pensa, repensa, remói.
Pensa em todos os sonhos que já teve e evanesceram. Pensa na vida e nas dificuldades. Pensa em letras de música.
Gosta de curtir seu novo companheiro, e só consegue pensar em como será quando ele for embora.
"porque sei calcular o valor de uma amor que desponta, eu meço pelo tamanho da dor que no final eu sei que vai sobrar" - Diz a letra da canção no mp3.
Aperta o coração e o passo.
E como seria bom se pudesse acreditar novamente.
"Eu te amo pra sempre"
Quer falar, todo tempo... mas sabe que não é verdade. Pra sempre é muito tempo. Ela nunca amou ninguém pra sempre, de verdade. Quantas vezes se enganou? "Pra sempre" já durou dois anos, três anos - no máximo quatro.
E depois o amor mudou, e depois o amor morreu.
As pessoas começam a reparar que a menina pisa torto. Anda torto e ama torto. E a menina tem uma certeza: Ama!
Do seu jeito torto, intenso e talvez efêmero. Ela ama.
E a certeza preenche seu ser, e faz encarar os problemas do cotidiano (aqueles que são tão corriqueiros que conseguem lhe tirar o sono).
Ela ama.
Decide então, amar...
Decide continuar caminhando, e deixa pra sofrer depois...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Mas tem que ser assim... se deixar de amar por medo de sofrer, nunca vai amar... o sofrimento pode vir... mas se tiver momentos de amor antes, sempre se vao ter boas lembrancas...
Beijinho...
Postar um comentário