terça-feira, 29 de dezembro de 2009

em algum lugar

em algum lugar com o céu de algum azul que não se sabe

as listras amarelas marcam o caminho, no asfalto, em vez de tijolos

a vida segue, grande, morna e longa

o tempo não passa

na cidade pequena onde tudo passa e pouca coisa fica

e mesmo assim nada é efêmero, tudo permanece

na memória, nas marcas, nas rugas, nos cabelos brancos.

Mas o que é novo já se foi.

e o calor abafa o azul fresco do céu

e disfarçam as árvores, por se sentirem pressionadas a refrescar.

na cidade tem um poço...

a água é muito limpa.

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