sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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Não é namoro. É melhor.

Algumas coisas na nossa vida acontecem premeditadamente, ou porque desejamos muito. Planejamos, executamos, às vezes dá tudo certo – na maioria, os imprevistos são muitos. Há, contudo, coisas que acontecem assim, sem mais nem menos, quando você menos espera e talvez nem esteja querendo muito; essas são as melhores.

Hoje faz seis meses. Que aconteceu uma coisa muito nova, louca, complicada e boa na minha vida. Estou feliz e muito surpresa. É como se você pulasse de pára quedas e soubesse que apesar de muito bom, aquilo ia durar alguns segundos. E seis meses depois você constata que ainda está em queda livre, desfrutando de um momento muito intenso – e muito agradável.

Pára ilustrar um pouco esse tipo de relação e sentimento, vou usar um texto, que define um pouco o que estou tentando explicar. Uma paródia de um texto retirado do livro Divã, da Martha Medeiros. Mudei algumas coisas e tempos verbais. Foi ela que escreveu, mas podia ter sido eu.

“Se é namoro? Não é. É outra coisa. Estou cega ou quase isso: tenho uma visão embaçada do que está acontecendo. Dizem que as pessoas se apaixonam pela sensação de estar amando e não pelo amado. É uma possibilidade. Eu estou feliz, no compasso dos dias e dos fatos. Estou plena e estou convicta. Estou sintonizada. Parece início de namoro, mas não é. É algo recém-nascido em mim, ainda não batizado.

Quem pode explicar o que me acontece por dentro? Eu tenho que responder ás minhas próprias perguntas. E tenho que ser serena para aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me receber em confiança. E tenho que ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto. (...)

Não é namoro, é uma sorte. Não é namoro, é uma travessura. Não é namoro, é sacanagem. Não é namoro, são dois travesseiros. Não é namoro, é de tarde. Não é namoro, é inverno. Não é namoro, é sem medo. Não é namoro, é melhor.”

2 comentários:

marcos blasius disse...

woooowww. se é namoro ou não, injeva dá igual.

marcos blasius disse...

*inVeJa